Corinthiano Maloqueiro Sofredor, graças a Deus

O título do post já mostra como foi o jogo de ontem, como todo corintiano é. Após três vitórias seguidas, defendendo uma invencibilidade de mais de nove meses em Itaquera, e contra um Coritiba na rabeira da tabela, esperava-se uma vitória do Corinthians, mas algo com menos sofrimento do que se viu em Itaquera no último sábado. E poderia ter sido assim se a pontaria alvinegra estivesse em dia, Foram pelo menos três boas chances de abrir o placar antes de Negueba se mandar em contra-ataque para fazer 1-0 para os paranaenses aos 46 minutos do primeiro tempo. Outras tantas oportunidades para marcar no segundo tempo, antes de a pressão finalmente funcionar nos últimos cinco minutos de jogo. O Corinthians terminou o confronto, válido pela sexta rodada do Brasileiro, com oito chances reais de gol acertou apenas as duas últimas. Elas valeram a vitória, claro, mas poderia ter sido mais tranquilo. Tite fez poucas mudanças na equipe após atacar a maratona de jogos recente que fez o time atuar quatro vezes em 11 dias. Colocou Giovanni Augusto no banco e deu chance a Marlone que não aproveitou e deixou o jogo no intervalo para a entrada do titular. Na zaga, sacou Vilson e escalou o jovem Pedro Henrique, em noite discreta, o que é bom. Marquinhos Gabriel, pela direita, avançava para o meio para ajudar Guilherme na criação de jogadas. Cristian, no meio protegia a defesa e permitia que os laterias estivessem quase sempre à frente da linha de meio campo. Mas o Coritiba se defendia bem, ainda que permitisse algumas oportunidades desperdiçadas pelos corintianos. A estratégia paranaense era clara: atrair os donos da casa, encaixar um contra-ataque e depois segurar o que desse. Funcionou quando Marlone perdeu uma bola na esquerda e ela caiu com Dodô, que lançou Negueba para ganhar de Fagner na corrida e fazer 1-0. Com 10 minutos do segundo tempo, já com Giovanni Augusto em campo, Tite tirou também Cristian para colocar Danilo em campo. O jogo se resumia ao campo de defesa do Coritiba, que se retraía ainda mais, mas não abria mão de assustar. Negueba quase ampliou numa cabeçeada bem defendida por Walter, que depois ainda evitou gol de Juan em novo contra-ataque. O Corinthians martelava, mas não era o bastante. Havia paciência, Porém, ela já tinha sido fundamental na vitória sobre o Santos na rodada anterior. Contra o Coritiba, o tempo passava, e os anfitriões continuavam trocando passes, foram 455 certos, contra 117 dos visitantes. Como se soubessem que, em algum momento, uma brecha seria aberta sem que fosse preciso abusar dos chuveirinhos na área, sempre mais favoráveis aos que defendem. Os buracos apareceram: o primeiro, aos 38 minutos da etapa final, mas Marquinhos Gabriel desperdiçou, Calma,  o segundo viria. Veio aos 44, num roteiro quase óbvio: criticado pelos gols perdidos, André esteve perto de deixar o clube durante a semana. Ficou no banco, entrou no lugar de um zagueiro (Pedro Henrique) e marcou o gol salvador de empate. Jornada de herói, mas ainda faltavam os cinco minutos de acréscimos. E Uendel virou, no último deles, para que o placar refletisse com mais justiça o que foi o jogo, com toda a paciência.

Local do jogo: Arena Corinthians - Itaquera (São Paulo)

Público 26.958
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